O melhor da geotecnia está aqui
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21/09/2024
Colégio Santa Cruz
A história da ABMS e da geotecnia no Brasil
A ABMS completa 75 anos em 2025. Essa longa história está parcialmente contada em livros, artigos e publicações digitais. O objetivo desta plataforma é reunir e organizar todo esse rico acervo para que essa história seja de fácil acesso para os associados, as empresas, os pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral. Trata-se de um site especial dedicado exclusivamente aos 75 anos da ABMS e à história da entidade.
Personagens históricos
A ABMS já teve 30 presidentes. A plataforma vai apresentar de forma resumida fatos marcantes da trajetória desses personagens históricos. Irá também apresentar todos os profissionais e acadêmicos que receberam prêmios da ABMS, inclusive os regionais. Todos os prêmios e todos os premiados serão nomeados.
As comemorações dos 75 anos
Haverá diversas iniciativas para celebrar os 75 anos da ABMS. A plataforma irá registrar todas essas iniciativas através de textos, vídeos, fotografias, depoimentos etc.
- Fatos que ligam a ABMS a entidades amigas e parceiras no Brasil.
- Fatos que ligam a ABMS a entidades internacionais, como a ISSMGE, a Sociedade Portuguesa de Geotecnia, a ITA, a ISRM, entre outras.
- Incluir histórias produzidas pelos 10 Núcleos Regionais da ABMS sobre suas trajetórias.
- E-Book dos 75 anos, com foco especial em tudo o que aconteceu nos últimos 15 anos.
- Edição especial da revista Soils and Rocks com 14 artigos de autoria de nomes expressivos da comunidade geotécnica nacional e internacional.
- Os núcleos regionais e comitês técnicos fazem parte importante dessa longa história. Eles próprios já começaram a reunir informações que contam a trajetória de cada um. A partir de abril de 2025, teremos eventos regionais para compartilhar fatos marcantes de cada núcleo.
Presidentes
Milton Vargas
Pioneiro da mecânica dos solos no Brasil e um dos fundadores da ABMS, onde atuou como primeiro presidente. Formado em Engenharia Elétrica (1938) e Civil (1941) pela USP, fez Mestrado na Universidade de Harvard (1946) e tornou-se Professor Catedrático da Escola Politécnica da USP, sendo nomeado Professor Emérito em 1988. Publicou mais de 110 artigos técnicos e crônicas sobre Filosofia e História da Ciência. Vargas também foi cofundador da empresa Themag Engenharia em 1961. Faleceu em São Paulo, aos 97 anos, em 2011.
1950-1960
Antônio José Costa Nunes
Um dos maiores nomes da engenharia geotécnica no Brasil e precursor da técnica de ancoragem em solo. Graduou-se na tradicional Escola Nacional de Engenharia. Durante sua gestão, impulsionou a pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas, como a cortina ancorada, uma solução que transformou a estabilização de taludes e projetos subterrâneos no Brasil. Costa Nunes também foi o fundador da empresa Tecnosolo S.A. Faleceu em 3 de agosto de 1990, aos 74 anos.
Mario Brandi Pereira
Pioneiro na área de mecânica dos solos no Brasil. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1934). Foi professor de Mecânica dos Solos em diversas instituições, como a Escola Técnica do Exército, a PUC-RJ, a Escola Nacional de Engenharia (ENE) e a UFF. Em 1938, participou da construção da Barragem de Curema, na Paraíba, e também criou um laboratório de solos pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (Infocs). Fundou a empresa Sermecso em 1948. Faleceu em 11 de junho de 1989, no Rio de Janeiro.
Casemiro José Munarski
Engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1942), Casemiro José Munarski foi um dos principais nomes na engenharia geotécnica brasileira, com uma vasta contribuição em barragens e projetos de infraestrutura. Durante sua gestão como presidente da ABMS (1955-1956), esteve à frente de importantes projetos, como a Barragem Canastra no Rio Grande do Sul. Munarski também desempenhou papel de destaque na Comissão Brasileira de Grandes Barragens, sendo presidente dessa entidade em 1957. Sua trajetória deixou uma marca significativa na estabilização de taludes e em diversas obras de barragens pelo Brasil, consolidando-se como um nome de peso na geotecnia nacional.
Samuel Chamecki
Engenheiro civil formado pela USP (Universidade de São Paulo), Samuel Chamecki aprofundou seus estudos na área de geotecnia, destacando-se no campo da engenharia dos solos. Chamecki foi presidente da ABMS entre 1958 e 1960, e contribuiu para a criação de normas técnicas de fundações no Brasil, como seu trabalho pioneiro na elaboração do anteprojeto da norma NB-51/1960. O engenheiro também foi professor na UFPR (Universidade Federal do Paraná) e realizou os primeiros estudos sobre o problema da Interação Solo-Estrutura. Atualmente, em homenagem ao ex-presidente, a ABMS promove o Prêmio Samuel Chamecki, que incentiva estudantes da área de geotecnia.
Antônio D. F. Nápoles Neto
Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), Antônio Dias Ferraz Nápoles Neto foi pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo), onde exerceu vários cargos importantes, como vice-superintendente e chefe da Seção de Solos, Geologia Aplicada e Fundações. Nápoles foi presidente da ABMS de 1960 a 1964 e fez parte da elaboração do anteprojeto da Norma de Fundações (NB-51), em 1959, quando era vice-presidente da ABMS.
Victor de Mello
Um dos grandes nomes da engenharia geotécnica internacional. Nascido em Goa, então colônia portuguesa na Índia, formou-se em Engenharia Civil no MIT (Massachusetts Institute of Technology), onde também obteve seu doutorado em engenharia de solos. Foi um dos fundadores da ABMS, presidindo a entidade entre 1964 e 1966, e também foi presidente da Sociedade Internacional de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ISSMGE) de 1981 a 1985. Victor de Mello faleceu em 2009, após uma vida de grandes contribuições à geotecnia. Em sua homenagem, foi criada a De Mello Lecture, uma palestra bienal apresentada por especialistas da geotecnia.
